
Quase 30 mil veículos foram furtados ou roubados no primeiro trimestre no Estado de São Paulo. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública. Alguns destes veículos voltam para seus donos; já outros sofrem alterações na numeração de chassi, são recuperados pelas seguradoras, a sequência de números e letras é remarcada e retornam ao mercado de usados. Há também os que usam a numeração de um veículo em outro com as mesmas características, popularmente chamados de “clones”. Isso sem falar nos veículos que ficam à margem da lei. Por isso, em tempos de vendas online desconfie do preço baixo e cheque a procedência do veículo.

“A numeração do chassi –NIV (Número de Identificação do Veículo) – está presente em várias partes do veículo: placa metálica fixada na lataria, etiquetas auto destrutivas aplicadas no compartimento do motor, lateral da porta e no interior veículo. Todos os vidros possuem gravação do final do número do chassi. Caso os números desses agregados não estiverem batendo com a numeração do chassi, desconfie!”, explica o advogado Fábio Tizzani.

Para Tizzani muitas vezes as adulterações na numeração do chassi são tão perfeitas que é preciso levar o veículo até uma empresa especializada em vistoria para averiguar a autenticidade da sequência de números e letras. “Ao adquirir este bem, com a numeração adulterada, o consumidor pode ser acusado de receptação, crime previsto no artigo 180 do Código Penal. Ou seja, uma simples negociação envolvendo um carro ou uma moto pode virar um caso de polícia”, adverte o advogado especialista em recuperação e restituição de veículos.

Confira os tipos de adulteração de chassi – NIV (Número de Identificação do Veículo)
Ausência de numeração de chassi – A numeração original do veículo é removida por intermédio de uso de instrumento abrasivo (lixadeira) com o objetivo de dificultar a identificação.
Regravação – É a remoção total ou parcial da numeração do chassi para posterior gravação de outros números e letras.

Adulterações simples – É aquela em que um ou mais caracteres sofrem alterações em sua forma original por meio de sobreposição. Mudança de “3” para “8”, de “1” para “7” ou “L” para “E” ou “P” para “R”.
Recobrimento da peça suporte – Esta adulteração consiste no recobrimento parcial ou total da numeração do chassi por uso de massa plástica, estranho e posterior remarcação.

Colocação de chapa metálica sobre a superfície de gravação original – O criminoso pode ainda cobrir o número original com um chapa metálica sobre a peça suporte. Nesta chapa será feita nova gravação e, consequentemente, a adulteração veicular.
Substituição da peça suporte – Neste processo de adulteração ocorre a substituição parcial/total da peça suporte onde encontra-se o número do chassi. Nesta chapa constará nova gravação.

Ocultação de numeração original e regravação próxima ao local – Consiste na remoção da numeração original do chassi e regravação de um outro número em local próximo.
Remontagem – É muito comum em veículos adulterados o reaproveitamento de uma das peças dos veículos, dianteira ou traseira (automóveis) onde encontra-se a gravação do chassi para ser remontada ou emendada no veículo furtado/roubado
Entenda os números e as letras que compõe o chassi

Serviço – Tizzani Sociedade de Advogados – (11) – 3805-4601 – fabio.tizzani@tizzaniadv.com.br
Excelente matéria. Parabéns . Muito elucidativa.
Obrigado Marcus.
Tentamos produzir conteúdo de qualidade, abordando temas relevantes para quem curte carro, moto etc.
Abs,
Aldo Tizzani
Editor-chefe
Excelente matéria
Cara Nélia,
Obrigado por escrever e acompanhar o trabalho do MinutoMotor.
Eu e o dr. Fábio Tizzani tentamos ser informativos e objetivos.
Acho que esta receita deu.
Pronta para novas incursões neste campo.
Abs,
Aldo Tizzani
Editor-chefe