
O Corolla, sedã médio da Toyota produzido em Indaiatuba (SP), nunca passou por uma evolução tão grande como em sua décima geração. Em relação a versão anterior, tudo melhorou: design, estabilidade, agilidade, rigidez na estrutura e comportamento aerodinâmico. Agora, o veículo transmite uma sensação de condução nitidamente superior. Mantendo a tradição, a configuração intermediária XEi permanece na função de “puxadora de vendas” da linha e responde por mais da metade dos emplacamentos. Talvez por ser a que melhor concilia a fama de confiabilidade mecânica do sedã da Toyota com uma relação custo/benefício mais atraente. O preço da configuração XEi começa em R$ 119.290 se for na cor sólida Branco Polar, mas pode chegar até R$ 121.540, na cor perolizada Branco Pérola.

Sob o capô está o motor 2,0 litros Dynamic Force Dual VVT-iE 16V DOHC, que rende 177 cavalos de potência, quando abastecido com etanol, e 169 cavalos com gasolina, sempre a 6.600 giros. O torque máximo, com etanol ou gasolina, é de 21,4 kgf.m a 4.400 rpm. Trabalha em parceria com um câmbio CVT com 10 marchas simuladas. Dentro da versão XEi, a chave presencial com partida por botão é de série. O carro conta com indicador de direção econômica no painel de instrumentos (ECO driving) e o computador de bordo, com visor multifunção e tela TFT de 4,2 polegadas digital e colorida, traz informações como indicador de marcha, consumo de combustível, hodômetro e autonomia.

Ao centro do console, destaca-se a vistosa tela sensível ao toque de 8 polegadas do sistema multimídia Toyota Play+, com rádio AM/FM, função MP3, entrada USB, Bluetooth e conexão para smartphones e tablets Android Auto e Apple CarPlay. Infelizmente, o espelhamento de celulares é feito por meio de uma entrada USB escondida na parte inferior do painel. A tela exibe ainda as imagens da câmera de ré com linhas de distância. Abaixo dela estão as saídas de ar e os comandos do ar-condicionado automático digital e, acima, posiciona-se o retrovisor interno, que conta com antiofuscamento eletrocrômico.

Em termos de segurança, os destaques são os sete airbags (dois de cortina, um de joelho para motorista, dois frontais e dois laterais para condutor e passageiro), barra de proteção no interior das quatro portas, controle eletrônico de estabilidade veicular (VSC), controle eletrônico de tração (TRC), assistente de subida em rampa (HAC), controle de velocidade de cruzeiro, sinal de frenagem de emergência, sistema de alarme volumétrico e perimétrico e acendimento automático de faróis.

Dinâmica acertada – Dinamicamente, o modelo mostra um desempenho surpreendente para um sedã tradicionalmente conservador. Com seus 177 cavalos e 21,4 kgfm, o motor 2.0 Dynamic Force aspirado esbanja força, sem o estilo espalhafatoso dos turbo. Fabricado na cidade paulista de Porto Feliz, é o motor mais potente que já equipou um Corolla. Totalmente novo, em vez de funcionar no tradicional ciclo Otto, ele atua com fases diferentes, seguindo o ciclo Atkinson – normalmente adotado em veículos híbridos. Há também injeção direta e indireta combinadas, que permitem mais rendimento com eficiência em emissões e consumo. Com alta taxa de compressão (13:1), curso longo e novos pistões de baixa fricção, o atual “powertrain” é 23 cavalos mais potente e entrega 0,7 kgfm a mais de torque em comparação ao da geração anterior.

O desempenho performance do motor do Corolla é bastante valorizada pela surpreendente transmissão CVT Direct Shift de 10 marchas. Conforme a Toyota, os engenheiros acoplaram uma engrenagem mecânica que atua na arrancada do veículo, melhorando a aceleração em primeira marcha. De fato, o sedã arranca com uma disposição incomum, e as trocas são feitas de forma eficiente e precisa. Há ainda o botão Sport, que providencia as trocas das marchas em giros mais elevados. Contudo, para quem realmente faz questão de executar as trocas no modo manual, elas podem ser feitas pela própria alavanca ou pelas borboletas no volante.

A suspensão traseira de duplo braço triangular independente, com molas helicoidais e barra estabilizadora, proporciona um conforto de condução agradável, com melhor absorção de choques em terrenos irregulares. Além disso, o Corolla está mais preciso no contorno de curvas e mais fácil de se controlar. O conforto de rodagem é elevado e o carro não sacoleja em demasia ao passar pelas vias esburacadas. Detalhe: O Corolla fará sua estreia na StockCar 2020. A primeira etapa da temporada acontece este final de semana em Goiânia (GO).
Texto: Luiz Humberto Monteiro Pereira / AutoMotrix
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